7 de dez. de 2009

Pecuária libera mais poluentes que os automóveis


Pois é pessoal, começa hoje a Conferência do Clima em Copenhague e muito se fala sobre as produções de CO² em grandes indústrias dos países mais ricos do mundo. Posso estar enganada, mas tenho a sensação que o pensamento de muitas pessoas é o seguinte: "Se esses países emitirem menos CO² o mundo melhora!" E essa idéia implantada pelos políticos - que mesmo fazendo algo de bem não o fazem sem nada em troca - não é a única mudança comportamental que se deve ser discutida e colocada em prática.
E a contribuição da indústria da carne para aquecimento global?
De acordo com o relatório "A grande sombra da pecuária" (Livestock's Long Shadow) feito pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, o gado é responsável por cerca de 18% do aquecimento global, uma contribuição maior que a do setor de transportes. Os culpados são os gases metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O): este, eliminado pelo esterco, tem um poder aquecedor 296 vezes maior que o dióxido de carbono, e aquele um poder 23 vezes maior.
A criação de gado e a produção de alimentos ocupam 30% da superfície terrestre do planeta. O gado - que consome mais comida do que produz - também compete por água diretamente com os seres humanos. A previsão de que a produção global de carne mais que dobre até 2050, passando dos 229 milhões de toneladas no período de 1991 a 2001 para 465 milhões de toneladas até 2050.
E ressalto que No Brasil a grande fonte de renda do Brasil é a pecuária. Então os outros países não devem cobrar mais atitudes benéficas ao meio ambiente de nós? Ou não lhes convém já que importam carne boa, barata, e a Amazônia posta em chamas não é deles? Se não nos cobram uma providência tomara que o Lula tome uma por si só.

Confira algumas recomendações que podem diminuir as emissões de gases pela pecuária (Sem dúvida, a última recomendação é a melhor. Mas pra não te deixar sem escolhas...) :

* Verifique a procedência da carne que está consumindo. A alimentação balanceada do gado, oferecida por produtores conhecidos, reflete em uma eliminação menor de gases.


* Modere o consumo de carne: o organismo precisa efetivamente de uma quantidade pequena deste alimento; além disso, muitas pesquisas apontam que o excesso de produtos de origem animal é prejudicial à saúde.


* Prefira a carne fresca, de produtores próximos à sua casa. Boa parte das emissões de poluentes vem dos aviões, navios e caminhões que transportam os alimentos do local de produção ao de consumo.


* Outra opção é adotar uma dieta predominantemente vegetariana. Além de proporcionar uma grande variedade de sabores, contém uma série de nutrientes que não são encontradas na carne, embutidos e fast-food
em geral.

E dependemos da Conferência do Clima em Copenhague para sabermos se é utopia acreditar num futuro melhor ou se a realidade é o que o presente nos promete.

FONTE: CONPET

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